Sua ligação com a comunidade surda começa cedo. Por ser filho de uma rica família de comerciantes, aos 12 anos se muda para Paris para seguir com seus estudos. Afilhado de Abée Sicard (então diretor do Instituto de Surdos de Paris), foi residir no Instituto e rapidamente se interessou pelos surdos e sua língua. Criado com os internos, Auguste Bébian torna-se um falante perfeito da língua de sinais.
Em 1816, foi nomeado tutor do Instituto no lugar de Laurent Clerc, que partiu para os Estados Unidos. Sicard então o nomeou “censor dos estudos” (uma espécie de assessor do diretor) em 1819. Auguste Bébian foi afastado do Instituto em 1821 por causa de disputas com certos professores e com a diretoria. Ele então tentou fundar uma escola particular em Paris em 1836, mas falhou. Dirigiu brevemente a escola de Rouen de 1832 a 1834 antes de retornar a Guadalupe onde, doente, morreu em 24 de fevereiro de 1839 aos 50 anos.
Tradução livre do artigo do site
https://www.injs-paris.fr/page/roch-ambroise-auguste-bebian-1789-1839
A maior importância de Bébian para nosso estudo é exatamente essa sua adaptação ao que podemos chamar atualmente de cultura surda, pois, além de ser falante bilíngue do francês e da Língua Francesa de Sinais, foi um estudioso dessa língua e autor de três trabalhos muito bem reconhecidos sobre a mesma:
1817 : « Essai sur les sourds-muets et sur le langage naturel, ou introduction à une classification naturelle des idées avec leurs signes propres ».
1825 : « Mimographie ou essai d’écriture mimique propre à régulariser le langage des sourds-muets ».
1827 : « Manuel d’enseignement pratique des sourds-muets ».
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